Varejo Restrito registra -0,7% no RS em março

Varejo Restrito registra  -0,7% no RS em março

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, que analisa empresas varejistas com 20 ou mais empregados, registrou, em março, um volume de vendas do Varejo Restrito 0,8% superior ao do mês anterior, na série com ajuste sazonal. Entre as oito atividades pesquisadas foram seis altas e dois recuos na passagem do mês. Apesar de não ter impacto tão significativo sobre o indicador, o setor de Livros, jornais, revista e papearia registrou o principal aumento (28,2%). Outras atividades de maior peso no índice também registraram aumento. A atividade Artigos farmacêuticos e médicos cresceu 1,2% e de Hipermercados e supermercados variou 0,4% e impulsionaram a alta do mês. Por outro lado, na comparação com março de 2024, o Varejo Restrito apresentou um recuo de 1,0,%, esse foi o primeiro recuo nessa base de comparação desde maio de 2023. Nesse comparativo, cinco atividades registraram queda. No acumulado do ano, o Varejo Restrito teve alta de 1,2% e, em 12 meses, de 3,1%.

Para o Varejo Ampliado, a variação foi de 1,9% em relação ao mês imediatamente anterior e de -1,2% na comparação com o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, o Varejo Ampliado registrou alta de 1,1% e, em 12 meses, de 3,0%. As atividades de Veículos, Motos, Partes e Peças apresentaram alta de 1,7% no mês, na série com ajuste sazonal, e recuo de 2,2% na comparação com março de 2024. No caso de Materiais de Construção, houve aumento de 0,6%, na comparação com o mês anterior enquanto em relação ao mesmo mês de 2024 houve alta de 5,2%. O Atacado Especializado em Produtos Alimentícios registrou recuo de 3,6% em relação a março de 2025.

No Rio Grande do Sul (RS), o Varejo Restrito teve baixa de 0,7% em março de 2025, em relação ao mês anterior, na série dessazonalizada. Na comparação interanual houve recuo de 0,8%. Nessa comparação, quatro das oito atividades acompanhadas pelo IBGE apresentaram recuo: Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-3,0%); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico   (-3,4%); Equipamentos e materiais para escritório (-15,3%); e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, que foi a única atividade com queda (-14,3%). As altas foram em Tecidos, Vestuário e Calçados (5,5%); Combustíveis e Lubrificantes (3,5%); Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (1,6%) Móveis e Eletrodomésticos (1,4%). No ano, o Varejo Restrito gaúcho registra alta de 4,8% e, em 12 meses, de 7,5%.

O Varejo Ampliado gaúcho apresentou variação de 0,5% no mês, na série com ajuste sazonal. Na comparação com março de 2024, a alta foi de 0,8%. O segmento acumula alta de 6,8% no ano e de 9,6% em 12 meses. Nos segmentos, no comparativo com o mesmo período de 2024, as altas foram bastante significativas: Atacado Especializado em Materiais de Construção (11,9%), Produtos Alimentícios (6,4%). Já a atividade de Veículos, Motos, Partes e Peças (-1,7%) registrou recuo.

O dado de março da PMC representou o terceiro mês consecutivo de aceleração, na margem, do volume de vendas do Varejo Restrito no país. Esse desempenho sinaliza certa resiliência do comércio brasileiro, sustentada por um mercado de trabalho ainda robusto e pelas transferências governamentais, que continuam apoiando o consumo das famílias. No caso do Rio Grande do Sul, a retração da atividade se segue a dois meses de desempenho bastante positivo, ainda não pode ser vista como uma tendência. Já a desaceleração observada na comparação interanual (tanto o Brasil quanto no RS) pode ser explicada, em parte, pelo efeito-calendário. No ano passado, a Páscoa ocorreu em março, e neste ano, foi celebrada em abril. Além disso, o Carnaval de 2025 aconteceu em março, enquanto, em 2024, foi em fevereiro. Esses deslocamentos podem ter influenciado negativamente o desempenho de algumas categorias no mês de março, como Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo — que representa cerca de 54% do índice total — e que apresentou retração no mês. Para os próximos meses, mantemos a expectativa de uma desaceleração gradual das vendas do comércio, especialmente no segundo semestre, influenciada por um ambiente marcado por inflação e juros elevados.

Fonte: Fecomércio-RS

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