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October 17, 2025

Varejo Restrito interrompe quedas em agosto no Brasil (+0,2%); no RS, reação não recupera quedas de meses anteriores

Varejo Restrito interrompe quedas em agosto no Brasil (+0,2%); no RS, reação não recupera quedas de meses anteriores
Varejo Restrito interrompe quedas em agosto no Brasil (+0,2%); no RS, reação não recupera quedas de meses anteriores

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, que analisa empresas varejistas com 20 ou mais empregados, registrou, em ago/25, variação de 0,2% no volume de vendas do Varejo Restrito, na série com ajuste sazonal, frente a jul/25. O resultado interrompe a sequência de quatro quedas marginais consecutivas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve alta de 0,4%, enquanto no acumulado de 2025 o crescimento foi de 1,6% e, nos últimos 12 meses, de 2,2%. Entre as oito atividades do varejo restrito, cinco apresentaram avanço na margem: Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (5,0%), Tecidos, Vestuário e Calçados (1,0%), Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (0,7%), Móveis e Eletrodomésticos (0,4%) e Hiper, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (0,4%). Ao outras três grupos tiveram queda.

Para o Varejo Ampliado – que inclui veículos, motos, partes e peças, materiais de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo – houve crescimento de 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Frente a agosto de 2024, porém, o setor recuou 2,1%. No acumulado de 2025, o resultado é de -0,4%, enquanto, em 12 meses, registra alta de 0,7%. Entre as atividades adicionais, Veículos, motos, partes e peças avançaram 2,3% em agosto, mas recuaram 7,7% na comparação interanual. Já Materiais de construção apresentaram variação positiva de 0,1% no mês, mas queda de 6,1% frente a agosto de 2024.

No Rio Grande do Sul, o Varejo Restrito registrou alta de 1,0% em agosto, na série com ajuste sazonal, após três meses sem crescer (0,0% jul/25; -0,4% jun/25; -1,9% mai/25). Em relação a agosto de 2024, o volume de vendas cresceu 0,5%, enquanto no acumulado de 2025 o crescimento foi de 3,1% e, nos últimos 12 meses, de 4,8%. Entre as atividades, de oito, quatro cresceram ante ago/24: Combustíveis e Lubrificantes (3,1%), Hiper, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,2%), Tecidos, Vestuário e Calçados (1,8%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,6%). Entre as demais atividades, para além dos recuos, que já eram esperados, em Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (-26,0%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-17,4%) e Móveis e Eletrodomésticos (-13,6%), também houve contração no volume de vendas de Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (-1,1%) – que em termos de receita cresceram 4,5%.

No Rio Grande do Sul, o Varejo Ampliado registrou alta de 2,0% em agosto, na série com ajuste sazonal. Na comparação com agosto de 2024, entretanto, houve retração de 3,4%. No acumulado de 2025, o setor apresenta crescimento de 2,3%, enquanto, em 12 meses, o avanço foi de 5,7%. Entre as atividades, houve recuos ante ago/24, movimento esperado, em Veículos, Motos, Partes e Peças (-20,1%) e Materiais de Construção (-14,5%), enquanto o Atacado Especializado em Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo registrou alta de 4,2%.

Para o Brasil, a PMC mostra a interrupção da trajetória de queda na margem que vinha desde abril – depois de atingir a máxima histórica da série em março. O aumento, porém, muito contido, reforça a dinâmica de um setor em acomodação no segundo semestre. Vale notar que para além da sustentação da renda pelo emprego, e alívio da inflação nos alimentos, que contribuem para a sustentação do consumo dos bens essenciais, tem de ser considerados como mitigadores da desaceleração das vendas do setor efeitos de impulsos pontuais que reforçam a disponibilidade de renda das famílias, como a liberação do pagamento de precatórios em julho, ou novas possibilidades de crédito por programas específicos (carro sustentável e crédito ao trabalhador, por exemplo) – que estimulam o crédito mesmo sob uma política monetária altamente restritiva. Para o Rio Grande do Sul, o resultado reforça a dinâmica esperada: enquanto na margem a reação em agosto não devolve as quedas de maio e junho, na comparação interanual os setores altamente demandados para a reconstrução pós enchentes em 2024 seguem com recuos expressivos (pelas bases muito elevadas), enquanto os demais permanecem com certa sustentação.

Fonte: Fecomércio-RS.

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