Confiança do comércio avança em setembro após duas quedas consecutivas

Confiança do comércio avança em setembro após duas quedas consecutivas
Elaboração: Assessoria Econômica/Fecomércio-RS

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou 1,9% em setembro na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Com isso, o índice atingiu 84,7 pontos, interrompendo dois meses consecutivos de queda. Na relação com o mesmo período de 2024, o ICOM recuou 6,0% na série sem ajuste sazonal. Cabe destacar que a alta da confiança em setembro ocorreu em cinco dos seis principais segmentos do setor, acompanhada por melhora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses.

A análise dos componentes mostra alta na margem tanto no Índice de Situação Atual (ISA-COM) quanto no Índice de Expectativas (IE-COM). O ISA-COM avançou 2,0%, atingindo 88,2 pontos, com melhora tanto na avaliação da situação atual dos negócios quanto no volume de demanda. O IE-COM também apresentou elevação, de 2,1%, chegando a 82,0 pontos, influenciado sobretudo pela melhora nas expectativas quanto à tendência dos negócios nos próximos seis meses (+3,0 p.p.), com variação muito pequena nas perspectivas de vendas nos próximos três meses (+0,2 p.p.). Na comparação interanual, o ISA-COM recuou 4,6% e o IE-COM registrou queda de 6,2%.

Apesar da reação da confiança registrada em setembro, o resultado representa apenas uma recomposição pequena após duas retrações consecutivas, mantendo a confiança em nível baixo, com acomodação em um patamar que denota que o pessimismo predomina no comércio. Tanto que, mesmo com resultado mensal positivo, o terceiro trimestre fecha com recuo de 4,0% em relação ao segundo semestre, com queda de 3,4% na situação atual e de 4,4% nas expectativas. Apesar da sustentação do mercado de trabalho, a moderação do crédito em um cenário de juros altos e elevado comprometimento de renda são fortes limitadores de qualquer reação mais forte da confiança no curtíssimo prazo.

Fonte: Fecomércio-RS.

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