Índice de Confiança dos Empresários do Comércio Gaúcho avança em abril de 2025

O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio Gaúcho (ICEC-RS), da CNC, registrou 91,3 pontos em abril de 2025. Em abril de 2024, o índice registrava 109,8 pontos e em março de 2025 marcava 90,0 pontos. Com isso, o ICEC apenas recuperou as perdas sofridas no mês anterior, seguindo em patamar considerado pessimista. A alta marginal de 1,4% refletiu movimentos opostos dos seus componentes, em que a queda de 2,1% nas condições atuais foi contrabalançada pelo crescimento de 3,6% nas expectativas e o aumento de 1,2% nos investimentos.
O Índice de Condições Atuais dos Empresários do Comércio (ICAEC) registrou 60,1 pontos e recuou 2,1% na margem, aprofundando-se em patamar pessimista (abaixo dos 100,0 pontos) – 30,3% abaixo do mesmo período do ano anterior. Já o Índice de Expectativas (IEEC) registrou aumento de 3,6% na margem (113,2 pontos), segundo aumento consecutivo; em relação a abr/24, o IEEC se encontra 16,7% menor. No Índice de Investimentos (IIEC), houve variação marginal de 3,6%, atingindo os 100,5 pontos – ficando praticamente sobre a linha de neutralidade – patamar 6,5% abaixo de abr/24. Entre os componentes do IEEC, destaque para a contração de 3,0% na situação atual de estoques, com aumento na parcela de empresários avaliando como acima do adequado o nível de estoques em abril de 2025 em relação a março de 2025.
A análise dos resultados mostra também as diferenças e semelhanças entre os grupos de atividade do setor. Nas semelhanças, a piora na variável dos estoques nos três grupos – duráveis, semiduráveis e não duráveis. Nas diferenças, os resultados do grupo de não duráveis chamam atenção, com redução das avaliações negativas sobre as condições atuais e aumento mais intenso nas expectativas. “Ao mesmo tempo em que é possível identificar sinais de uma perda de dinamismo esperada, fica evidente as realidades distintas de cada segmento, com o varejo associado ao crédito sentindo a restrição do maior patamar de juros há quase 20 anos. Mesmo com inflação elevada, fatores como o mercado de trabalho aquecido e uma série de estímulos tem contribuído para a manutenção de uma dinâmica mais resiliente no varejo mais dependente de renda” ,comentou Luiz Carlos Bohn – Presidente da Fecomércio-RS.
Fonte: Fecomércio-RS