November 4, 2025

Confiança do comércio avança em outubro, impulsionada pelas expectativas

Confiança do comércio avança em outubro, impulsionada pelas expectativas
Elaboração: Assessoria Econômica/Fecomércio-RS

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou 1,8% em outubro na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Com isso, o índice atingiu 86,2 pontos, registrando a segunda alta consecutiva. Na relação com o mesmo período de 2024, o ICOM recuou 3,8% na série sem ajuste sazonal. Cabe destacar que a alta da confiança em outubro ocorreu em quatro dos seis principais segmentos do setor, impactada unicamente pelas melhores expectativas para os próximos meses, em um movimento inverso ao observado no setor de serviços. Ainda que seja sazonal a melhora da atividade do setor no fim do ano, a alta das expectativas reflete uma percepção de um quadro melhor do que o esperado anteriormente, ainda que a situação atual seja marcada por demanda fraca e consumo mais lento.

A análise dos componentes apresentou movimentos distintos entre os dois indicadores. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,4%, atingindo 87,0 pontos, com piora tanto no Volume de Demanda Atual (-2,1 pontos, para 88,1 pontos) quanto na Avaliação da Situação dos Negócios (-0,1 ponto, para 86,2 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 4,8%, atingindo 85,9 pontos, impulsionado pela alta de 4,7 pontos nas perspectivas de vendas nos próximos três meses (84,2 pontos) e pela elevação de 3,1 pontos na tendência dos negócios para os próximos seis meses (88,2 pontos). Na comparação interanual, o ISA-COM apresentou queda de 4,8% e o IE-COM recuou 2%.

Apesar da segunda alta consecutiva, o resultado de outubro mostra uma melhora concentrada exclusivamente nas expectativas, impulsionada pelas vendas esperadas para o fim de ano. Em linhas gerais, a leitura da confiança do comércio permanece bastante fragilizada. A média em 3 meses é a menor desde mai/21. Apesar da sustentação do mercado de trabalho, o crescimento da massa real de salários tem sido cada vez menor e a moderação do crédito em um cenário de juros altos associada a um elevado comprometimento de renda com dívidas seguem como limitadores de uma recuperação sustentada da confiança no curtíssimo prazo.

Fonte: Fecomércio-RS.

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